Bota a mão na cabeça que ele vai voltar! O “rebolation, tion” do baiano Leo Santana, vocalista do grupo Parangolé, durou mais que uma estação. Aos 22 anos, o menino que compôs e cantou a música mais tocada do último verão já mergulhou no embalo e chegou a fazer uma turnê internacional, botando muita gente famosa para rebolar por aí. Do apresentador Tiago Leifert ao cantor Luan Santana, passando por Xuxa e Rodrigo Faro, todo mundo dançou com uma mão na cabeça e a outra na cintura. Até a presidenta eleita, Dilma Roussef, ensaiou uns passos. Para quem se viciou no hit, porém, Leo Santana adverte:
— “Rebolation” já passou. Tem muita coisa nova chegando por aí.
Em apenas dois meses,“Tchubirabirom”, atual música de trabalho do grupo liderado pelo cantor e dançarino, ganhou milhares de acessos no You Tube e a divulgação ilustre de Ivete Sangalo. Já a faixa “Negro lindo” é carro-chefe do novo CD, com título homônimo, que será lançado oficialmente neste domingo, dia 28, durante o evento “Exaltamaníacos”, que reúne importantes nomes do pagode nacional no parque Wet’n Wild, em Salvador.— Essa música veio fortalecer mais ainda o nosso movimento, a nossa raiz. O negro já tem em si muita musicalidade e a composição vem homenagear todo esse povo que batalha pra caramba e está sempre feliz da vida — explica, em bom “baianês”.
Para lá de lindo, esse negro de quase 2 metros de altura e um ar ainda de garoto da comunidade, simples e apegado à família, é só sorrisos.
— Podia estar deslumbrado, mas sou o mesmo Leo de sempre. Acho que isso acontece pela família que tenho e pelos amigos que carrego comigo até hoje. É uma questão de origem, do lugar de onde vim. Não perdi meus princípios e estou sendo muito bem assessorado. Morei numa comunidade bastante humilde e vi muitos dos meus amigos caírem na bandidagem, diferentemente de mim. Menos de 30% deles conseguiram crescer na vida. Quando era adolescente, precisava ajudar em casa, então comecei a trabalhar como assistente num salão em Boa Vista do Lobato (subúrbio de Salvador), onde morava. Aí veio o interesse, gostei do negócio de ser cabeleireiro e quis aprender. Aos 17 anos, montei minha própria barbearia — orgulha-se.
Ao falar dos doces e tentadores frutos que esse sucesso trouxe — dinheiro, mulheres e fama —, Leo não faz cerimônia, lembra do prazer que sentiu ao comprar seu primeiro carro e diz que sua família tem, até hoje, grande importância nessa conquista.
— Dinheiro para pagar as contas é o que a gente quer. Além de ter um bom carro, boas roupas, viagens, bom apartamento, e ainda poder proporcionar à família tudo o que ela merece, não é? Hoje, posso ajudar as pessoas, como sempre tive vontade, e garanto tudo isso com meu trabalho. Tudo que dou a eles me engrandece, como profissional e como ser humano. Sobre a fama, acho que aprendi a lidar com ela... Isso é normal $se é artista, estou preparado. O resto só soma, afinal, sou jovem e solteiro... — dispara.
Solteiro, sim. Sozinho, nunca! Leo tem lá seu “borogodó baiano”, ganhou fama de pegador e se tornou um dos brasileiros mais cotados para posar nu.
— De todas essas mulheres que vivem falando que peguei, só me envolvi com a cantora Perlla e com a Juliane Almeida (a morena do É o tchan e Rainha de Bateria da Unidos do Cubango, de Niterói). Mas não foi namoro nem mesmo com a Perlla, como disseram, ou ela diz por aí. Ah, e essa história de que fiquei com a Priscila Pires, ex-BBB, não é verdade. Nos conhecemos num show e apenas tiramos uma foto juntos. O povo fala muito de mim. Vai saber o que esse negão aqui tem, né?
Oxe, Dona Marinalva Santana, mãe do moço, sabe!
— Meu filho só se apaixonou uma vez, no início da carreira, mas viu que aquela mulher não era para ele. Hoje, tenho nora em todos os cantos. A culpa não é dele, é delas. Mas que ele tem um “borogodó”, ah, tem! — garante ela.
Borogodó que as revistas gays reconhecem de longe. 0
— Fiquei feliz ao saber que fui um dos mais votados para posar na “G Magazine”. Mas não aceitei. Sinceramente, me preocupo mais em encantar e cantar bem. Fico feliz quando me chamam de “moreno alto, bonito e sensual”. Só não tem a ver comigo. Quero fama pela música — diz Leo, para tristeza das suas (e seus) fãs: — O assédio é sempre muito grande. E tem mulher que é mais atirada, vem logo tentando agarrar, pegando “naquele lugar”, se fingindo de desentendida. Acho engraçado! Elas pedem, gritam, e eu atendo: tiro a camisa, né?
O que lhe rende essa pinta de “Don Juan baiano” não é apenas o dendê que Dona Marinalva passou no menino. Leo Santana exibe nos shows um corpaço esculpido por uma incansável rotina de exercícios físicos, que, aliás, já gerou muita especulação sobre o uso de anabolizantes.
— Sou muito vaidoso, sim! Gosto de me cuidar, mas não chega a tanto. Ando sempre perfumado, gosto de estar bem vestido, e pronto. As pessoas falam muito. Disseram até que eu tinha amputado o braço de tanto usar anabolizantes. É tudo mentira! Estou aqui, com os dois braços inteiros e fortes por causa de muita malhação. Sabe a história dos sapinhos que tentavam escalar uma montanha? Enquanto uns tentavam subir, os outros gritavam: “Você não é de nada, não vai conseguir!”. E a maioria ia desistindo e caindo. Somente um, obstinado, alcançou o topo. Sabe o que ele era? Surdo. Tenho aprendido a ser um sapinho surdo — defende-se.
Sem comparação
No comando do Parangolé há três anos, Leo assina 12 das 13 músicas do novo disco do grupo, e jura não ter medo de que o projeto faça menos sucesso do que o seu primeiro — que lançou o tal “Rebolation” e os alçou à carreira meteórica que muita gente sugere por aí:
— A maioria da galera que faz sucesso de uma hora para a outra acaba relaxando, mas isso não vai acontecer com a gente. Tem fumaça saindo das nossas cabeças o tempo todo. Sei que música é sorte, e “Rebolation” foi um fenômeno único. A história dessa música ganhou uma repercussão internacional, que nunca imaginei ter.
E quando o assunto é “galera que já fez sucesso”, ele aproveita para dizer que não se importa com as comparações com o cantor Xanddy, por exemplo.
— Ele é meu amigo. Temos um estilo parecido, fazemos o mesmo gênero de música, somos baianos e rebolamos.
E como rebola esse moço...
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